Do meu alprendre envidraçado
ainda que...
Alma em redoma de vidro
Posso admirar o pôr do Sol
Enquanto revoam a passarada
Também o vento passa alvoroçado!
Tantas, tantas são as tardes,
Como as noites de luar!
Neste tempo de lembranças
Da poesia que não rima
Como não poderia deixar de ser;
Neste outono de prazeres,
Em sonhos de outrora
o perfume em doce Saudade!
Anna Ribeiro.